POST-SYNODAL APOSTOLIC EXHORTATION AMORIS LÆTITIA
Artigos e pensamentos
8 de abr. de 2016
7 de abr. de 2016
Cutucada do dia!
Pelo que ouvi hoje, só posso concluir: Há inúmeros preconceitos, é fato! Mas usa-se também taxar o outro de preconceituoso quando, na verdade, apenas está expressando sua opinião própria sem cair em modismos desprovidos de qualquer reflexão sobre valores humanos fundamentais. Assim impõe-se o silêncio e a ditadura do pensamento único, ou melhor, do pensamento pronto, porque se pensarmos mesmo, quem sabe a gente descobriria mais vazamentos bilionários nos cofres públicos, identificaria os problemas do ssistema de educação que nos presenteia os últimos lugares no ranking (e na vida cada dia) e da saúde que ceifa muitas vidas nas longas filas... e isto não interessa!
3 de abr. de 2016
Democracia: Alguma coisa a mais do que simplesmente votar!
A participação na vida comunitária não é somente uma das maiores aspirações do cidadão, chamado a exercitar livre e responsavelmente o próprio papel cívico com e pelos outros, mas também uma das pilastras de todos os ordenamentos democráticos, além de ser uma das maiores garantias de permanência da democracia. O governo democrático, com efeito, é definido a partir da atribuição por parte do povo de poderes e funções, que são exercitados em seu nome, por sua conta e em seu favor; é evidente, portanto, que toda democracia deve ser participativa. Isto implica que os vários sujeitos da comunidade civil, em todos os seus níveis, sejam informados, ouvidos e envolvidos no exercício das funções que ela desempenha.(Compêndio DSI, n. 190, 2004)
A conquista do voto livre e consciente é algo extremamente relevante para a consolidação da democracia. Mas enquanto ato isolado sem o comprometimento efetivo dos cidadãos nas diversas instâncias de participação e controle social deixa-se curso livre para manipulação política a favor de interesses adversos ao bem comum. Na verdade, perde-se o verdadeiro sentido da democracia. Não basta dizer diante das eleições que é "preciso saber votar" se por falta de protagonismo político não há perspectivas de opções melhores. Uma sociedade pautada em polarização sem autocrítica não consegue vislumbrar novos caminhos, outras opções a não ser aqueles que se estabeleceram historicamente, mesmo que cheios de vícios e pouco afã das mudanças necessárias para que os governantes sejam representantes do povo e que trabalham em favor do povo. Eleger e se acomodar é o paraíso para qualquer ditadura mascarada de democracia. Não só a falta de motivação, mas também o pouco conhecimento das emaranhadas estruturas políticas não são atraentes, porém, tanto mais necessárias. É grave o fato de que os gestores de um país, em qualquer nível, não tenham formação adequada, nem tampouco os cidadãos tem formação suficiente para entender sua função na democracia. Ainda assim, grandes líderes políticos saíram da escola da vida como líderes comunitários onde são confrontados com toda a sorte de desafios. Mergulhar nas realidades é uma experiência essencial para que se possa propor e aprovar políticas públicas que sejam efetivamente interessantes para a sociedade. A falta de consciência política e até mesmo o menosprezo dela, acrescido de intolerância, por vezes sutil, mas perceptível no próprio discurso tido em favor da tolerância, divide as forças e leva uma sociedade ao caos. Quando se está aberto ao diálogo, contanto que o interlocutor só mostre concordâncias, quando se respeita o diferente conquanto ele se sujeite aos meus critérios, quando o caos instaurado é sempre promovido pelo outro e nada me diz respeito, então as portas da democrácia estão definitivamente fechadas ... Pensemos um pouco!!!
(HOSS, Geni Maria, novembro 2015).
(HOSS, Geni Maria, novembro 2015).
2 de abr. de 2016
Participation x democratic system - Beteiligung und Demokratie
Participation in community life is not only one of the greatest aspirations of the citizen, called to exercise freely and responsibly his civic role with and for others[407], but is also one of the pillars of all democratic orders and one of the major guarantees of the permanence of the democratic system. Democratic government, in fact, is defined first of all by the assignment of powers and functions on the part of the people, exercised in their name, in their regard and on their behalf. It is therefore clearly evident that every democracy must be participative[408]. This means that the different subjects of civil community at every level must be informed, listened to and involved in the exercise of the carried-out functions. (Compendium of the Social Doctrine of the Church n. 190)
Die Beteiligung am gemeinschaftlichen Leben ist nicht nur eines der wichtigsten Ziele des Bürgers, der aufgerufen ist, seine eigene Bürgerrolle frei und verantwortungsbewusst mit den anderen und für die anderen wahrzunehmen, sondern auch einer der Pfeiler aller demokratischen Ordnungen und zudem eine der wichtigsten Garantien für den Fortbestand der Demokratie. Denn die demokratische Regierung definiert sich über die ihr vom Volk anvertrauten Vollmachten und Funktionen, die im Namen und Auftrag des Volkes und zu seinen Gunsten ausgeübt werden; damit liegt es auf der Hand, dass jede Demokratie auf dem Prinzip der Beteiligung zu basieren hat. Das bedeutet, dass sie bei der Ausübung ihrer Funktionen die verschiedenen Subjekte der Zivilgemeinschaft auf ihrer jeweiligen Ebene informieren, anhören und mit einbeziehen muss.
(Kompendium der Soziallehre n. 190, 2004)
23 de mar. de 2016
A corrupção nossa de cada dia!
Milhões de prejuizo para clientes porque no lugar do aparelho eletrônico encomendado era despachado um tijolo. Do outro lado, uma família em ação, inclusive com universitários ... O que este fato e outros tantos Brasil afora denunciam? Corrupção enraizada! Por isso, o combate tem que ser vasto, profundo e permanente, sustentado por um novo tipo de educação, não só de crianças e jovens, mas também das famílias e grupos organizados inteiros.
7 de mar. de 2016
Fé e Política - Antes de tudo, avalie e corrija sua própria opção polítca! Vença pela qualidade e não pelo crime da discriminação do diferente!
Em tempos de confusão e incertezas políticas, várias pessoas me perguntaram qual seria a posição da Igreja Católica a respeito. Bem, algumas pessoas já vinham com exemplos de posicionamentos definidos. Se a pergunta é o posicionamento da Igreja numa abordagem tão aberta como foi, então não se pode generalizar opiniões particulares. Então a questão é diferente, seria uma constatação objetiva de quais posições existem na Igreja sem que estas sejam necessariamente resultado de uma orientação dela.
A Igreja não indica posição política, mas vê sua tarefa de formação para o exercício da cidadania também na polítca. Defende que devemos estar atentos, pois existe um perigo de polarização se acreditarmos que um partido - qualquer que seja - representa absoluta ou plenamente os valores cristãos humanitários. Esta convicção levada às últimas consequências - com uma boa dose de passionalidade - leva à intolerância e não a um engajamento político profético e transformador. A opção pelo melhor que se identifica segundo os valores humanos não precisa de unilateralidade ideológica, mas de crítica para que procure melhorar sempre e não perder de vista o horizonte do bem comum, mesmo que inserido numa estrutura corrupta e corruptora, desumana e desumanizadora... Por que não se mantêm os ideais e as propostas tão benéficas que se fazem enquanto ainda "de fora"? Por que a inclusão no sistema derruba tantas propostas e destrói tantos sonhos? Antes de sair destruindo e discriminando criminosamente o adversário, o oposto, o cristão começa por avaliar criticamente suas próprias propostas, engaja-se para que se sustentem no sistema e melhorem sempre mais. Se falamos da posição da Igreja, falamos da Doutrina Social da Igreja:
"As instâncias da fé cristã dificilmente são assimiláveis a uma única posição política: pretender que um partido ou uma corrente política correspondam completamente às exigências da fé e da vida cristã gera equívocos perigosos. O cristão não pode encontrar um partido plenamente às exigências éticas que nascem da fé e da pertença à Igreja: a sua adesão a uma corrente política não será jamais ideológica, mas sempre crítica, a fim de que o partido e o seu projeto político sejam estimulados a realizar formas sempre mais atentas a obter o verdadeiro bem comum, inclusive os fins espirituais do homem (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 2004, n. 573).
4 de mar. de 2016
Compartilhando imagens nas redes sociais ...
Regras para compartilhar fotos dos filhos? Por vezes, é preciso concordar!!! Quando vejo rolar fotos de pessoas, crianças ou qualquer situação de vulnerabilidade, me pergunto: A pessoa teve possibilidade de consentir com o uso de sua imagem? É para solidariedade? Sim, mas não bastaria passar o fato com as devidas fontes? Por vezes dados mais confiáveis são bem mais importantes do que imagens. Muitas boas ações não passaram pelo teste de "notícia falsa'. Pudera, faltou contato, data... É para chegar a um programa de TV para ajuda? Basta convidar para escreverem direto! Não conseque ser atendido no 'postinho de saúde', convide para exercerem o controle social participando do conselho local de saúde, pois quando muitos participarem, a força do povo pode fazer a diferença. É porque o facebook dá dinheiro? Não dá não, é só uma forma de conseguir um "curtir", o face nunca dá dinheiro, confirmação do seu presidente. Lembremos, imagens nas redes sociais são como penas jogadas ao vento!
16 de fev. de 2016
5 de fev. de 2016
Aedes aegypti: dengue, chikungunya e zika vírus - um chamado para a responsabilidade coletiva!
Viver livre e autônomo na condição humana e a
condição que nos é dada pelo fato de existirmos, sem escolhas nem apropriações,
é a vivência e convivência num ambiente bem conformado segundo suas próprias leis
e processos totalmente alheios à nossa vontade. Nossa condição é que nascemos
como seres individuais, com identidade própria, mas dentro de um ambinte onde
sobrevivemos graças a múltiplas relações e interrelações. Há uma
interdependência irrenunciável tanto de outros semelhantes, mas também de outras
espécies de vida e das condições do meio ambiente. Não vivemos sem água, não
vivemos sem ar, não vivemos sem bactérias, não vivemos … não vivemos … Somos um
ser único e importante, mas somos um entre bilhões, trilhões … ou seja,
incontáveis e que nos confundem pela sua imensidão.
Então, por que agimos de forma tão egoísta como se
o mundo todo precisasse girar em torno de nós próprios? Por que agimos como se
fossemos o centro em torno do qual gira tudo e todos?
Quando pensamos nos grandes desafios que assolam a
humanidade hoje não podemos perder a alegria de viver, o prazer de sermos
únicos, autônomos e livres, mas é importante que desçamos do pedestal e pisemos
o chão da realidade, que é comunhão e partilha de sorte e destino. Nossa casa
comum é um barco, ou nos salvamos ou afundamos todos.
Graças à inteligência e eficiência de muitos que
atuaram em conjunto, hoje temos tantas possibilidades de aproximação da
humanidade. No entanto, o processo de globalização se deu de forma unilateral. Ela
se tornou serva das tecnologias a serviço de humanos pouco humanos, porque
esqueceram o bem dos outros humanos. Aceleram-se os processos de produção e acúmulo
de riquezas, mas não se globalizou na mesma medida a solidariedade e o amor.
Ampliou-se e consolidou-se uma sociedade demasiada fria e calculista.
A mobilidade humana, quase sem fronteiras, trouxe
muitas coisas boas. Mas no momento estão no topo também os seus desafios. Ela implica
também na migração sempre mais acelerada de doenças transmissíveis que,
infelizmente só assustam quando chegam aos países mais ricos. Neste caso as
migrações até ajudam para chamar atenção desta tragédia, pois não há país que
se possa isolar tanto a ponto de não precisar temer riscos. O ser humano pode
tanta coisa, mas não consegue vencer um mosquito. O aedes egypti está
literalmente reinando no mundo, os demais governantes só estão correndo atrás
do prejuízo para acharem um caminho para
defender-se dele.
Enquanto autoridades locais e internacionais discutem
soluções nas macroesferas sociais, cada ser humano, onde quer que se enontre,
no exercício de sua liberdade e autonomia, mas consciente de sua
responsabilidade ética individual e coletiva , está perante grande desafios. É
hora de superar o individualismo e olhar para o coletivo até porque, se vivemos
num emaranhado de interdependências, cuidar de si mesmo é um bem coletivo. Onde
todos cuidam de si e avançam com olhares ao seu entorno é possível criar um
ambiente propício para a superação dos males que hoje nos assolam. Campanhas resultam
em respostas rápidas, muitas vezes radicais, mas não duradouras. Compreender
que somos parte de um todo, distintos, mas não separáveis deve levar-nos a uma
mudança de comportamento, a uma postura perante a vida de todos e todas as
formas de vida que seja duradoura.
Há uma dimensão da vulnerabilidade que nasce da
carência de responsabilidade ética coletiva. Espaço individual se confunde com
o público uma vez que os criadouros se localizam muitas vezes em propriedades
particulares, o que torna as intervenções conflituosas. Entende-se a
propriedade particular delimitada com linhas bem definidas, ignorando-se muitas
vezes a interação com o seu entorno. Compreende-se que a propriedade particular
não é ao todo particular absoluto uma vez que são espaços de interação com o
espaço coletivo. Liberdade como posso
fazer o que eu quero não combina com o compromisso ético com as
consequências das ações.
É hora de entender que nosso ser e estar no mundo
não tem seu espaço individual, mas nunca absoluto. O que faço e deixo de fazer
repercute no todo, no espaço coletivo, e sobre esta interrelação também tenho
uma responsabilidade ética. Sou responsável pelo que fiz e omiti, mas também
por aquilo que identifiquei, mediante o qual não reagi e nem denunciei, por que
a consequência pode ser fatal para muitos, inclusive para mim. A passividade e
inércia pode tornar-se uma arma poderosa contra mim e meu entorno. Eis a
questão: Pensar no meu bem, mas sempre também no bem coletivo, porque o
primeiro não é possível sem o segundo e vice-versa.
Marcadores:
Aedes aegypti,
chikungunya,
dengue,
zika virus
Assinar:
Postagens (Atom)