30 de dez. de 2016

Discernir, por que é tão difícil?

Muito se fala que nossa vida é resultado de nossas opções! Mas que opções? Uma das maiores fontes de bem-estar é o discernimento! E só um discernimento prévio pode levar a boas opções, opções que trazem implícito o bem-estar e felicidade. Discernir implica uma percepção clara sobre as coisas e se orienta em diretrizes sustentadas em valores. E o que dificulta o discernimento? Numa sociedade onde somos bombardeados por ideias prontas, onde pensar diferente muitas vezes é equiparado à ser retrógrado, como é difícil discernir, decidir e assumir as próprias opiniões. Sem querer, cai-se na armadilha do pensamento pré-pensado. É normal, portanto, faz-se assim! Mas o tal do "normal' é ditado muitas vezes por interesses adversos aos valores da pessoa. Então, para não ficar fora do quadrado, é mais simples pensar, defender e decidir igual a "todos". E se mesmo no seu lugar mais sagrado, a consciência, tudo vai na linha inversa, uma coisa está garantida: ser aceito pela coletividade. Discernir é fundamental! Mas é difícil discernir quando as informações não passam de um acumulado de dados e carece de fundamentos científicos, éticos e morais. O discernimento é necessário para afirmar o que já o apóstolo Paulo tinha em mente: "Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma." (1 Cor 6,12). Neste pequeno extrato bíblico, há duas coisas relevantes: 1. o discernimento - nem tudo me convém e 2. a vontade - não me deixarei dominar por coisa alguma. Quem sabe discernir o que convém e ao mesmo tempo tem uma vontade forte o suficiente para reagir às tantas interpelações, midiáticas ou não, que nos confrontam com nossos valores fundamentais, só pode ser feliz mesmo numa sociedade, de muitos modos, conturbada e vazia de valores humanitários e éticos.

Oft sagt man, dass unser Leben das Ergebnis unserer Entscheidungen ist! Aber welche Entscheidungen? Eine der wichtigsten Quellen des Wohlbefindens ist die Unterscheidung. Und nur eine Vorunterscheidung kann zu eine gute Entscheidung führen, die implizite Wohlergehen und Glück bringt. Unterscheiden impliziert eine klare Wahrnehmung der Richtlinien, die sich nach Werte orientieren. Und was macht die Unterscheidung so schwierig? In einer Gesellschaft, in der man mit vorgefertigten Ideen bombardiert wird, wo das anders Denken oft mit Rückwärtsgewandt gleichgesetzt wird, ist es schwierig zu erkennen, zu entscheiden und die eigene Meinung zu verteidigen. Oft ungewollt, fällt man in die Falle der vorgedachten Gedanken. Es ist normal, daher wird es getan! Aber ein solches "normal sein" wird oft durch die entgegengesetzten Interessen der Werte der Person diktiert. Also, um nicht außerhalb der Gesellschaft zu sein, ist es einfacher, zu denken, zu verteidigen und zu entscheiden wie alle andere. Und selbst wenn in Ihrem heiligsten Ort, das Bewusstsein, alles in die entgegengesetzte Richtung geht, ist es gesichert, dass man von der Gesellschaft akzeptiert wird. Die Unterscheidung ist schwierig, wenn die Informationen nicht aus den gesammelten Daten kommen und sie an wissenschaftlichen, ethischen und moralischen Grundlagen mangeln. Es ist notwendig, dass man nachdenkt, was schon der Apostel Paulus beschäftigte: "Alles ist mir erlaubt, aber nicht alles dient zum Guten. Alles ist mir erlaubt, aber nicht alles baut auf. Denkt dabei nicht an euch selbst, sondern an die anderen." (1 Korinther 6,12) In diesem kleinen biblischen Extrakt, gibt es zwei wichtige Dinge: 1. Unterscheidung - nicht alles ist mir erlaubt und 2. der Wille - nicht alles baut auf. Man braucht Unterscheidung und zugleich einen stark genügenden Wille, den die viele Einsprüche, durch Medien oder auch nicht, die uns mit unseren Kernwerten konfrontieren, bewältigen hilft. Es macht glücklich, wenn man fähig ist, zu regieren, auch in einer Gesellschaft, die so unruhig und leer von humanitäre und ethische Werte ist.

29 de dez. de 2016

Fim de Ano - arrependimentos e propósitos

"Concluir o ano é voltar a afirmar que existe uma honra, que existe a plenitude do tempo. Ao concluir esse ano, nos fará bem pedir a graça de caminhar em liberdade, para reparar os erros e defender-nos da saudade da escravidão” 31/12/2014 - radio vaticana. 

O ano termina e a gente deseja um bom ano. Que ele venha com saúde! Só que não! O ano vem neutro, a saúde depende de você, depende de seu estilo de vida, da seriedade com que enfrenta um tratamento, do modo como encara a vida:quanto mais tranquilo, mais saudável. O ano não traz nada, ele vem e passa, a diferença é você que faz! A maioria dos propósitos não são concretizados, nem seria preciso dizer, cada um  sinceramente diante do seu espelho sabe bem disso. Ainda assim vale a pena fazê-los, vale a pena propor-se ao cumprimento sério, porque alguma coisa fica. Desafie-se a si próprio a realizar seus propósitos. Mas para isso é preciso que sejam concretos e não dependam de outros. Proponha-se somente aquilo que depende de você! Proponha-se coisas boas para a vida, não necessariamente confortáveis e fáceis. Pense que o futuro pode ser melhor apenas por seu empenho. Não sonhe com coisas que dependem de outros. Não entre na onda de que você pode tudo! Não, você não pode mudar os outros e a sociedade para que você tire vantagens. Aos 18 anos dominar uma nova língua, depende de você, mas passar no vestibular depende dos elaboradores das questões e dos milhares de concorrentes. Cada um pode se esforçar, mas não pode se comprometer sob o risco de desesperar. Estudar faz parte de seus propósitos pessoais, que devem estar sempre alinhados ao seu estilo de vida familiar, profissional e social, mas passar na prova depende de quem a elabora, portanto, proponha-se a estudar muito, mas não a passar no exame ou no concurso. Assim você chega mais tranquilo e, mesmo sem propósito, tem mais chance de passar. Deve-se levar muito a sério o que depende essencialmente da gente e relativizar as coisas nas quais se depende ou interdepende dos outros. Quer brincar com as milhares de simpatias e rituais de fim de ano? Tudo bem, mas lembre-se que é seu empenho que faz efetivamente acontecer o cotidiano de cada pessoa. Desejar um feliz ano novo é desejar que a pessoa tenha força de comprometer-se consigo mesma: com seus ideais, com seus propósitos, com seu desejo de ser significativo na sociedade através de ações humanitárias relevantes, não necessariamente de grande impacto na imprensa. A maior parte do bem que se faz ficam ocultos aos olhos dos humanos Só você seu Transcendente conhecem. Seja feliz e efetivamente humano, isto basta!

26 de dez. de 2016

Campanha da Fraternidade 2017 - Fé e Sustentabilidde

Campanha da Fraternidade 2017 - Fé e Sustentabilidade!

Natal, luz e vida! Natal, sombra e morte!

O Natal é uma festa da vida! Toda a simbologia reporta à vida em abundância. Mas o que muda em nós e por nós após às festas, muitas vezes recheadas de excessos de toda a sorte? Sim, comemorar com a família e os amigos é essencial na vida. São os laços que nos sustentam no cuidado da própria vida. Mas não só, há tantos sinais de morte clamando por mudança radical no do nosso coração... Precisamos de um coração que tem um olhar refinado para todos os lados, para bem próximo, mas também para o longínquo horizonte onde as luzes e sombras da humanidade se confundem. No Natal 

"nos é pedido que amemos e honremos a vida de cada homem e de cada mulher, e que trabalhemos, com constância e coragem, para que, no nosso tempo atravessado por demasiados sinais de morte, se instaure finalmente uma nova cultura da vida, fruto da cultura da verdade e do amor." (EV 77).

"Es wird von uns verlangt, das Leben jedes Mannes und jeder Frau zu lieben und zu ehren und mit Standhaftigkeit und Mut daran zu arbeiten, daß in unserer Zeit, die allzu viele Zeichen des Todes aufweist, endlich eine neue Kultur des Lebens als Frucht der Kultur der Wahrheit und der Liebe entstehen möge." (EV 77)

"We are asked to love and honour the life of every man and woman and to work with perseverance and courage so that our time, marked by all too many signs of death, may at last witness the establishment of a new culture of life, the fruit of the culture of truth and of love." (EV 77)

23 de dez. de 2016

Pela Encarnação, a ternura entre os seres humanos!

"O Evangelho convida-nos sempre a abraçar o risco do encontro com o rosto do outro, com a sua presença física que interpela, com o seu sofrimentos e suas reivindicações, com a sua alegria contagiosa permanecendo lado a lado. A verdadeira fé no Filho de Deus feito carne é inseparável do dom de si mesmo, da pertença à comunidade, do serviço, da reconciliação com a carne dos outros. Na sua encarnação, o Filho de Deus convidou-nos à revolução da ternura."  

"Unterdessen lädt das Evangelium uns immer ein, das Risiko der Begegnung mit dem Angesicht des anderen einzugehen, mit seiner physischen Gegenwart, die uns anfragt, mit seinem Schmerz und seinen Bitten, mit seiner ansteckenden Freude in einem ständigen unmittelbar physischen Kontakt. Der echte Glaube an den Mensch gewordenen Sohn Gottes ist untrennbar von der Selbsthingabe, von der Zugehörigkeit zur Gemeinschaft, vom Dienst, von der Versöhnung mit dem Leib der anderen. Der Sohn Gottes hat uns in seiner Inkarnation zur Revolution der zärtlichen Liebe eingeladen".

"The Gospel tells us constantly to run the risk of a face-to-face encounter with others, with their physical presence which challenges us, with their pain and their pleas, with their joy which infects us in our close and continuous interaction. True faith in the incarnate Son of God is inseparable from self-giving, from membership in the community, from service, from reconciliation with others. The Son of God, by becoming flesh, summoned us to the revolution of tenderness."

"El Evangelio nos invita siempre a correr el riesgo del encuentro con el rostro del otro, con su presencia física que interpela, con su dolor y sus reclamos, con su alegría que contagia en un constante cuerpo a cuerpo. La verdadera fe en el Hijo de Dios hecho carne es inseparable del don de sí, de la pertenencia a la comunidad, del servicio, de la reconciliación con la carne de los otros. El Hijo de Dios, en su encarnación, nos invitó a la revolución de la ternura."



(Papa Francisco, Evangelii Gaudium, 2013. n. 88)

20 de dez. de 2016

Vem, Senhor Jesus!

"Na aurora da salvação, é proclamado como feliz notícia o nascimento de um menino: « Anuncio-vos uma grande alegria, que o será para todo o povo: Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias, Senhor » (Lc 2, 10-11). O motivo imediato que faz irradiar esta « grande alegria » é, sem dúvida, o nascimento do Salvador; mas, no Natal, manifesta-se também o sentido pleno de todo o nascimento humano, pelo que a alegria messiânica se revela fundamento e plenitude da alegria por cada criança que nasce (cf. Jo 16, 21)." (EV 1)

8 de dez. de 2016

A catástrofe da educação brasileira

Enquanto a avaliação docente vêm daqueles que querem um "professor bonzinho" para conseguir nota fácil e não aquele exigente com o qual se aprende de fato, enquanto as publicações são fragmentos de pesquisa sem começo nem fim, enquanto o livro é velho desconhecido de acadêmicos e docentes, enquanto o acadêmico dedura a instituição e o professor; o professor, a instituição e o acadêmico e a instituição, o professor e o acadêmico, por acaso, existem pressupostos para um ensino melhor que os últimos lugares em nível mundial? Não é por nada que especialistas criticam a multiplicação de artigos como único meio de reconhecer o "interesse" do corpo docente... Como pode um professor que "está em todas" garantir qualidade de ensino e pesquisa? Como pode um acadêmico que sempre encontra uma desculpa para não ler o mínimo exigido aprofundar conhecimento?