"O Espírito Santo constrói a comunhão e a harmonia do povo de Deus. Ele mesmo é a harmonia, tal como é o vínculo de amor entre o Pai e o Filho. É Ele que suscita uma abundante e diversificada riqueza de dons e, ao mesmo tempo, constrói uma unidade que nunca é uniformidade, mas multiforme harmonia que atrai" (Evangelii Gaudium n. 117).
A unidade é fruto do Espírito Santo! Os discursos eloquentemente articulados sobre a diversidade, muitas vezes, esbarram na primeira oportunidade em que se depara com o diferente. Sem o Espírito Santo, o velho discurso carece de coerência na prática. Por isso, mesmo não é de se admirar quando em meios pretensamente defensores da diversidade existe uma verdadeira digladiação recíproca entre diferentes pensares. Tipo "diversidade, sim, enquanto sua opinião se submeta à minha!". E por que há ainda entre cristãos, e por que não dizer entre teólogos, tanto desrespeito pelo diferente? Pode ser que o Espírito Santo os inspirasse a tratar o outro como o menos inteligente só porque defende ideias diferentes? Não, este não é o Espírito Santo! Trata-se de uma confusão entre a arrogância e a força que vem do alto. O Espírito Santo não é um objeto a ser usado a favor das próprias ideias, mas uma força unificadora e santificante que ilumina de forma a fazer reconhecer, em primeiro lugar, as próprias limitações. Se é o Espírito Santo, a força e santificante e unificadora, se for a própria arrogância, a força e destruidora, mas que se diga, destruidora de si próprio, porque a opinião alheia pode, sim, ser diferente, mas julgar-se superior, ah, isso sim é destruidor.
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