14 de nov. de 2017

A corrupção nossa de cada dia!

"Isto torna-se ainda mais irritante, quando os excluídos vêem crescer este câncer social que é a corrupção profundamente radicada em muitos países – nos seus Governos, empresários e instituições – seja qual for a ideologia política dos governantes" (Papa Francisco, Evangelii Gaudium n. 60).

Quem ainda não se revoltou com a corrupção? O Papa Francisco a chama de "câncer social", muito apropriado ao se saber que o câncer demanda uma luta diária pela sobrevivência. Enquanto bilhões são desviados, milhões de seres humanos fenecem na periferia da alimentação e saneamento básicos. 
Enquanto isso, em vez de comparecer aos espaços de controle social, é mais fácil encontrar alguém, alguns ou muitos mostrando sua indignação destruindo até seus próprios bens, afinal, o bem público é de todos e de cada um. Não que a manifestação pública não tenha sua relevância e, dada a gravidade da situação, ainda é tímida e muitas vezes desfocada dos verdadeiros motivos e causas da situação em questão, mas a luta contra a corrupção na vida de cada dia se dá no protagonismo do controle social. Aí o sapato aperta! Porque, embora as manifestações públicas sejam extremamente importantes, a luta diária, embora sem barulho, é que promove uma revolução silenciosa em prol do bem de todos, ou seja, da superação da corrupção. Ainda pode se acrescentar que tanto as investidas contra a corrupção pública como a contínua autocrítica em relação às pequenas corrupções pessoais são relevantes para uma nova ordem social.


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