9 de set. de 2014

Papa Francisco: "É dever do cristão participar da política".

A separação de Igreja e Estado de forma alguma pode significar passividade política por parte dos cristãos. A laicidade supõe autonomia, mas não supressão. Cada cristão é cidadão membro de uma sociedade e como tal lhe cabe assumir suas responsabilidades à luz de sua própria fé. Não impor sua própria fé sobre o todo não significa ignorar os seus valores, ou ainda, agir contra suas próprias convicções. Acima de tudo se faz necessário agir de acordo com a consciência, consciência esta pautada nos valores cristãos que, em última análise, são os mesmos valores que deveriam orientar a política, uma vez que ambos tem o bem comum, o amor ao próximo como projeto inerente à sua missão. "A política é demasiada suja, mas é suja porque os cristãos não se implicaram no espirito evangélico. É fácil atirar culpas... mas eu, o que faço? Trabalhar para o bem comum é um dever de cristão."  (Papa Francisco aos estudantes dos colégios jesuítas. Disponível em: http://www.acidigital.com/noticias/e-dever-cristao...) 
"Infelizmente permanecem ainda, inclusive nas sociedades democráticas, expressões de laicismo intolerante, que hostilizam qualquer forma de relevância política e cultural da fé, procurando desqualificar o empenho social e político dos cristãos, porque se reconhecem nas verdades ensinadas pela Igreja e obedecem ao dever moral de ser coerentes com a própria consciência; chega-se também e mais radicalmente a negar a própria ética natural. Esta negação, que prospecta uma condição de anarquia moral cuja conseqüência é a prepotência do mais forte sobre o mais fraco, não pode ser acolhida por nenhuma forma legítima de pluralismo, porque mina as próprias bases da convivência humana. À luz deste estado de coisas, «a marginalização do Cristianismo não poderia ajudar ao projeto de uma sociedade futura e à concórdia entre os povos; seria, pelo contrário, uma ameaça para os próprios fundamentos espirituais e culturais da civilização'". (DSI 572)

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