Quem relaciona atributos a direitos tem dificuldade de compreender que o respeito à dignidade humana independe de situação e condição de vida. Há os que precisam de mais ou menos suporte e isso, sim, depende de condições externas. A caridade e solidariedade não fragmentada se preocupa com a vida e a sua existência, ou seja, com o critério fundamental e último para que seja contemplada. Assim, cá e acolá, quando há algum atentado à vida, com mortos ou apenas feridos, há pessoas que analisam primeiro os elementos exteriores para depois externar seus sentimentos, quando não incorrem numa desprezível comparação. Não é desprezando as vítimas de acordo com seu estado exterior que se resolve estas questões. Estas dependem do engajamento do julgador nas diversas instâncias de organização e gestão política e social.
Bem, acabou de vir a notícia de um atentado, ah, é na Europa / EUA, então começa uma enxurrada de comentários que desmerecem as vítimas pela sua posição geográfico-social. Que pena! A vida é igual em cada país, independente das falcatruas humanas deste ou daquele país, desta ou aquela situação. Vejam, o Papa Francisco acolhe tanto representantes de movimentos sociais de grandes injustiças sociais, bem como aquelas pessoas que sofreram atentados em uma estação de veraneio, ou seja, qual a diferença, nenhuma a não ser que, na vida cotidiana, as necessidades são diferenciadas, portanto, as atenções em relação a situação socioeconômicas são distintas, mas em nada diferem em questões de cuidado e zelo humanitário. A existência humana, livre de atributos temporais específicos, é por si só um critério para a acolhida e respeito!
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