A
contextualização da Teologia na sua forma mais radical pode não ser a melhor
forma de reflexão teológica. Toda Teologia deve ter simultaneamente raízes e
asas, ou seja, deve ter seu fundamento profundamente arraigado na realidade
local, mas ao mesmo tempo tem que ter uma visão ampla, uma perspicácia global.
Do contrário, teremos reflexões pontuais sem repercussão em outras realidades
que professam a mesma fé. Há condições e aspirações humanas relacionadas ao ser
e estar no mundo com significado e este é mediado no campo da fé. Esta é uma
dimensão humana global. Ademais, com a globalização muitas formas de pensamento
e também problemáticas cotidianas se aproximaram de tal forma que a Teologia
perde grande parte de suas possibilidades caso se apresente demasiado presa a
uma realidade humana muito específica e geograficamente bem definida. Se há
elementos culturais bem definidos e originais na América Latina, África, países
asiáticos ... por exemplo, há também inquietudes e interpelações de cada
realidade semelhantes, ou ao menos similares. Assim se pode entender que a
Teologia da Libertação e outras reflexões teológicas específicas locais
encontrem eco não somente na América Latina.
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