"Louvado seja, meu Senhor" - como voz profética em tempos em que o cuidado do planeta é sempre mais urgente - as palavras do hino de Francisco ecoam e conclamam para que cidadãos e todas as gentes se voltem ao cuidado do planeta.
Deus é Criador de todas as formas de vida e todas as coisas que existem. Este conteúdo fundamental da fé é o cerne do qual emana a responsabilidade ética do cristão. A criação é um - com todos os elementos que a constituem - é um bem universal.
A crise ecológica é, sobretudo, uma crise moral. O antropocentrismo moderno, a tecnocracia a deterioração da vida humana e das condições sociais são importantes fatores de uma decadência geral, nomeadamente do meio ambiente. A inter-relação entre as criaturas, a harmonia desejada pelo Criador precisam ser restabelecidos. Ou seja, é preciso recuperar o "estado de aliança" de todo o ser vivente, entre todos os seres vivos. Uma nova relação com o meio ambiente necessita de uma profunda conversão ecológica.
Urge um grande diálogo e a promoção de ações significativas no sentido de dar maior sustentação ao tripe da sustentabilidade: a economia, a justiça social e a ecologia. Mais uma vez se requer que o cidadão, o cristão deixe sua zona de conforto e faça alguma coisa em prol do Reino de Deus, ou seja, se engaje pelo bem comum.
Para se estabelecer um novo paradigma no sentido de uma nova relação com o ambiente faz-se necessário um grande e contínuo processo de educação. O problema ambiental ocupa espaços na atualidade, mas é insignificante para uma solução qualificada e permanente.
Também para o cristão é de sumo interesse conhecer em profundidade a condição do meio ambiente, mas a razão última do seu agir em prol do meio ambiente está pautado na fé na criação. Portanto, não depende essencialmente dos apelos da sociedade civil, porém, antecipa-se a elas, porque o amor a Deus está intimamente interligada com o amor às criaturas. Não se ama a Deus, desprezando suas criaturas.
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