A democracia sobrevive com a participação de cada cidadão. O manjar das ditaduras é a polarização, que consiste fazer uma seletiva de eventos isolados para sustentar arbitraria e ditatorialmente o pensamento e ideologias próprias como sendo as únicas aceitáveis e possíveis numa democracia. E o sistema como um todo? E a exclusão decorrente da imposição de um pensamento único?
A democracia começa na capacidade da autocrítica. Qualquer forma que tenha escolhido para o exercício da participação político, esta requer uma contínua avaliação, readequação e aperfeiçoamento. Somente depois se pode partir para uma análise crítica do diferente e isso, numa atitude e de respeito e seriedade.
O que mais denuncia as próprias fraquezas e deficiências é a necessidade de expor a fraqueza do outro como único caminho para ir adiante. Quem não sabe construir seu caminho com seus próprios propósitos, já ficou no caminho... pode até ganhar uma eleição com suas falcatruas, mas jamais fazer política séria.
"A participação na vida comunitária não é somente uma das maiores aspirações do cidadão, chamado a exercitar livre e responsavelmente o próprio papel cívico com e pelos outros, mas também uma das pilastras de todos os ordenamentos democráticos, além de ser uma das maiores garantias de permanência da democracia. O governo democrático, com efeito, é definido a partir da atribuição por parte do povo de poderes e funções, que são exercitados em seu nome, por sua conta e em seu favor; é evidente, portanto, que toda democracia deve ser participativa. Isto implica que os vários sujeitos da comunidade civil, em todos os seus níveis, sejam informados, ouvidos e envolvidos no exercício das funções que ela desempenha". (Doutrina Social da Igreja - DSI 190)
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