Quando votamos, escolhemos nosso patrão para administrar o nosso bem estar como cidadão e o bem estar comum. Não basta escolher o patrão, é preciso acompanhar o exercício de suas atribuições. É cumprindo o dever que são atendidos os nossos direitos. Um povo passivo é tudo o que um governo precisa para estabelecer uma ditadura, muitas vezes velada por um discurso democrático bem articulado. Cabe aos cidadãos assumir os espaços de participação que lhes são próprios, engajar-se de forma ampla no complexo sistema da gestão pública, sem incorrer no risco de deixar-se alienar por projetos e ações parciais, que resolvem pequenas questões. A estrutura sociopolítica, no entanto, fica sem controle social e, consequentemente, serve como meio fácil da prática de corrupção.
"A participação na vida comunitária não é somente uma das maiores aspirações do cidadão, chamado a exercitar livre e responsavelmente o próprio papel cívico com e pelos outros, mas também uma das pilastras de todos os ordenamentos democráticos, além de ser uma das maiores garantias de permanência da democracia.
O governo democrático, com efeito, é definido a partir da atribuição por parte do povo de poderes e funções, que são exercitados em seu nome, por sua conta e em seu favor; é evidente, portanto, que toda democracia deve ser participativa[408]. Isto implica que os vários sujeitos da comunidade civil, em todos os seus níveis, sejam informados, ouvidos e envolvidos no exercício das funções que ela desempenha".(Compêndio da Doutrina Social da Igreja n. 190).
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