Pluralização
A terminologia pluralidade e pluralização indica
de que se trata de um processo não negativo a priori, mas que encerra em si
oportunidades e desafios. Já pluralismo
aponta para alguns riscos. A afirmação da individualidade gera diferença e se
expandem os estilos de vida, modos de pensar. A grande chance reside no fato de
se articular e lidar de forma adequada com a diferença e a diversidade. A
criatividade humana ganha espaço permitindo novas expressões, potencializando
participação de diversas linhas de pensamento e ação num mesmo projeto.
É tênue a linha que separa a
pluralidade como expressão e afirmação de individualidades e a perda de valores
pessoais e coletivos em função de um arranjo
de um estilo de vida cada vez mais orientado pelo hedonismo, relativismo,
consumismo, enfim, a expressão exacerbada do individual, muitas vezes em
detrimento do bem comum e do meio ambiente.
Temos, por um lado, a emergência da
subjetividade, o respeito à dignidade e à liberdade de cada um, sem dúvida uma
importante conquista da humanidade. Por outro lado, esse mesmo pluralismo de
ordem cultural e religiosa, propagado fortemente por uma cultura globalizada,
acaba por erigir o individualismo como característica dominante da atual
sociedade, responsável pelo relativismo ético e pela crise da família.[1]
No
pluralismo esconde-se, sobremaneira, o relativismo e permissivismo, pois se
constroem facilmente esquemas de valores próprios, inclusive com as coisas
sagradas. A Religião, antes da verdade absoluta, pode ser substituída por um
mix de elementos que respondem às emergências pontuais pessoais, sem
comprometimento e com carência de referenciais de valores éticos e morais.
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